segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um bom empate no castelo


O empate em Guimarães, o sexto esta época, foi um bom resultado. Não foi excelente porque tivemos, nomeadamente na segunda parte, oportunidades para marcar o golo da vitória e algum desacerto no último passe ou mesmo na finalização não levou a equipa a um desfecho em ouro sobre azul.

O jogo não começou bem, o Gil concedeu muito espaço ás movimentações do Vitória e podia ter sofrido mais do que um golo na primeira parte. Paulo Alves percebeu o que estava mal e, após o tento de Nuno Assis, claramente o melhor em campo, rectificou a estratégia da equipa com a entrada de Roberto, um jogador que, como todos os que lêem este espaço sabem, não aprecio mas que é alguém capaz de dominar no jogo aéreo e, com isso, dar ao Gil uma maior dimensão ofensiva. Também defensivamente o nosso técnico melhorou a nossa performance ao recuar o bloco, anulando dessa forma os passes nas costas da retaguarda que o Vitória insistia e, não raras vezes, resultava. A partir desse momento, e apesar do adversário ter mais posse de bola, conseguimos afastar, de maneira relativamente fácil, o perigo vitoriano.

Vamos ao Mais e Menos!:

MAIS:

+ Adriano: Não teve tanto trabalho quanto o costume, por força do bom trabalho defensivo dos seus colegas, mas sempre que foi obrigado correspondeu de forma exímia. Depois de Laionel ter desaparecido do mapa, Adriano já provou que é, de longe, o melhor reforço 11/12 da temporada.

+ Cláudio: Impressionante a qualidade que este homem, aos 34 anos, demonstra. Arrisco a dizer que se está a tornar num dos melhores centrais da Liga e é evidente que tem de ficar no clube durante muito tempo. A sua saída no mercado de Janeiro seria algo impensável.

+ Richard: É o jogador mais criativo da equipa e respeita sempre as tabelas que faz com os colegas. Perfeitamente adaptado ao futebol europeu, Richard é por esta altura um dos melhores intervenientes que Paulo Alves dispõe.

+ Guilherme: Entendo perfeitamente o porquê do nosso treinador não apostar neste jovem a titular. Ainda tem muito a aprender e falta-lhe experiência. Mas quando salta do banco, o campo fica com outro perfume. Joga e faz jogar e é uma opção cada vez mais válida.

+ Nuno Assis (V. Guimarães): Já passou pelo Gil e quem nos dera a nós que regressasse. É sem dúvida nenhuma o melhor jogador vitoriano e foi uma verdadeira dor de cabeça para o nosso sector defensivo. Vale o preço do bilhete.

MENOS:

- Hugo Vieira: Vieira é um verdadeiro 'case study'. Como já referi inúmeras vezes, é um jogador limitadíssimo do ponto de vista colectivo e individualmente é pior do que aquilo que as pessoas pensam. O certo é que quando um jogo está por resolver, num dos trinta lances em que Vieira tenta levar a bola sozinho para a baliza, o jovem de Galegos sai-se bem e torna-se decisivo. O questão que se impõe é: vale a pena apostar em Vieira sabendo que só faz a diferença quando está num dia muito inspirado? Se fosse eu o treinador, não. E considerei igualmente um escândalo ter ficado em campo 80 e tal minutos em Guimarães.

- Luís Carlos: Em Vila do Conde não tinha estado bem e no D. Afonso Henriques voltou a desiludir. Não é que tenha jogado mal, porque é algo que já não consegue fazer, mas de um desequilibrador como ele espera-se sempre algo mais. A paragem de Natal far-lhe-á bem e, aguardemos nós, que volte como o Luís Carlos habitual.

- André Gralha (árbitro): O Gil foi uma equipa agressiva na segunda parte, sem dúvida alguma. Foi algo que Paulo Alves passou aos jogadores no intervalo e eles levaram isso para o campo. Contudo, André Gralha exagerou ao marcar faltas por tudo e por nada a favor do Vitória. Chegou a ser patético o facto de nenhum jogador do Gil poder disputar um lance sem que Gralha apitasse. Também Nuno Assis deveria ter sido expulso por acumulação de amarelos.

Resta agora à equipa descansar nestes últimos dias de dezembro para regressar em força nos jogos que faltam. Ao nosso melhor nível e, quem sabe, com reforços de valor, temos todas as condições para vencer o Nacional e, até, o Feirense. Antes desses duelos temos igualmente um importante duelo ante o Moreirense para a Taça da Liga, desafio onde só a vitória pode ser o único desfecho possível...

2 comentários:

Anônimo disse...

O mal da venda do Hugo Vieira nem é a perda de qualidade, mas sim a obrigatoriedade de ir ao mercado procurar um substituto.

Mas, eu concordo contigo, o Vieira não é tão bom como parece. Mas sem dúvida.

Eu nem acho que o André Cunha tenha jogado mal, por acaso. Se bem que eu estava no estádio e não deu para muito bem o jogo.

Que achaste da exibição do Caiçara e do Daniel?

Gilista Ferrenho disse...

Sim, concordo que será mau ter de ir ao mercado buscar mais um jogador. Ainda por cima, como referi no post, o Vieira, por pior que seja, num ou noutro jogo decide e ñ é fácil para um clube como o Gil arranjar alguém assim.

O André Cunha não jogou mal. Eu ñ tenho nada contra o homem e a verdade é que a lesão dele coincidiu com o mau momento do Gil. É uma voz de comando, ganha muitas bolas de cabeça e é bom taticamente. Mas por vezes, qd o jogo está perdido, como em Vila do Conde, julgo que Cunha é o primeiro a prescindir...

Quanto ao Daniel é mais do mesmo. Não tem qualidade para um desafio destes mas lá vai cumprindo como pode. É esforçado e respeita a camisola que enverga como poucos.

O Caiçara começa a desiludir-me em momentos defensivos. Na liga de honra não se notava, pq os jogadores que tinha de marcar não tinham grande qualidade. Agora apanha um Atsu ou um Paulo Sérgio e a coisa muda de figura. Ofensivamente, como todos sabemos, é muito bom e as suas tabelinhas com Richard resultam muito bem.

Cumps