segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Primeiras impressões

Cumpridas duas jornadas na Liga, o Gil encontra-se com dois pontos, conquistados diante duas fortes equipas. Não raras vezes a estatística é falaciosa, mas os 0 golos sofridos e marcados pelo Gil indiciam, de forma clara, os pontos fortes e fracos da equipa, respectivamente. Podemos, através deles, chegar às primeiras impressões sobre a equipa.


Os 0 golos sofridos, por exemplo, explicam na perfeição que o sector defensivo do Gil tem estado a roçar a excelência. Tanto com o Porto como com o Marítimo, a nossa defesa foi capaz de anular várias jogadas perigosas recorrendo à arma do fora-de-jogo, muito bem treinada por Paulo Alves. A defesa assume-se sempre em bloco, alinhada distintamente na horizontal, com todos os homens a entenderem-se de forma clara. Isto, é preciso não esquecer, com jogadores de qualidade dúbia: se Cláudio e Halisson formam uma das melhores duplas de centrais da Liga, Daniel e João Pedro são dois dos piores laterais. Ainda que Daniel consiga fazer valer-se pela sua imponência física, a sua capacidade técnica não fica distante de um qualquer jogador da III divisão. Quanto a João Pedro, nem fisicamente está bem, pelo que a entrada de Luciano Amaral, assim esteja sincronizado com os restantes colegas do sector defensivo, é fundamental. Neste sector, não podemos desprezar Luís Manuel. Experiente, sabe sempre quando alinhar com a defesa ou pressionar alto. Tecnicamente, é o que sabemos: banal. Para lá destes processos todos, existe um jogador que é, quanto a mim, o mais valioso do plantel: falo, claro, de Adriano. O guarda-redes brasileiro transmite uma segurança única ao sector e parece-me inclusivamente melhor e mais concentrado que na temporada anterior. É crucial a sua permanência na equipa esta época.


Se defensivamente o Gil é já uma das melhores equipas da Liga, no ataque a estória é outra. Falta tudo e mais alguma coisa aos gilistas para almejar o golo. Um avançado decente, que saiba receber em espaços curtos e tabelar com os extremos, e um médio criativo que consiga transportar a bola com velocidade (Richard vai deixar mais saudades do que aquilo que os adeptos pensam). Mas, com o mercado a fechar, são escassas as chances de chegarem novas aquisições. Por isso (e não esquecendo que ainda não vimos Pio ou Djalma a jogar), o trabalho ofensivo dependerá da audácia de Paulo Alves. Primeiro de tudo é absolutamente necessário pôr de parte os inofensivos passes longos executados ora por Halisson ora por Cláudio. Não resultam e são fáceis de controlar pelos defensores. Com os jogadores rápidos e tecnicistas que o Gil tem, a forma mais simples para criar oportunidades de golo é recorrer às tabelas e movimentações rápidas. Basta entregar a batuta do jogo ao nosso melhor médio, César Peixoto, e ele, recebendo a bola em terrenos mais recuados, trata do resto. No último terço do campo, é preciso que Pedro Pereira, Luís Carlos e Rafa troquem recorrentemente de posição por forma a baralhar as marcações do outro lado.

Mais do que ninguém, nós, os adeptos do Gil, conhecemos a forma de Paulo Alves trabalhar. É um homem que privilegia o bom futebol, a bola rente ao chão. Por isso, considero ser apenas uma questão de tempo até começarmos a jogar rápido, com fluidez e com capacidade de assustar os adversários, coisa que não foi possível nestes primeiros dois jogos.

Feita a análise global da equipa, vamos à opinião sobre as novas aquisições:

- Pek's: pelo pouco que vi, deu-me a sensação de ser um valor muito forte para o futuro. Fisicamente imponente, o central cabo-verdiano revela uma maturidade acima da média para a sua idade e o recente upgrade no seu contrato mostra o quão os responsáveis gilistas estão esperançados em si.

- Luciano Amaral: analisando aquilo que conheço dos anos passados no futebol português, Luciano Amaral pode bem vir a ser uma das armas gilistas para melhorar o jogo ofensivo. Muito maduro tacticamente e com qualidade técnica bem acima da média, somente a sua idade relativamente avançada pode gerar, ainda, algumas dúvidas. Se estiver bem fisicamente vai tornar-se num excelente reforço.

- Pedro Pereira: confesso que nunca considerei este extremo português um grande jogador. Foram várias as vezes que o vi jogar ao serviço do Aves, e sempre me pareceu um jogador previsível, muito individualista e com pouco sentido posicional. Mas não. Pedro Pereira é um jogador incisivo, eficaz e tecnicamente hábil. Pode tornar-se caso sério na Liga. A titularidade no onze, essa, já ninguém lha tira.

- Rafa: não é o avançado ideal para o estilo de jogo que temos vindo a praticar: o do futebol de passe longo. Isto porque Rafa não é alto, não ganha bolas de cabeça e não é forte fisicamente. Mas, mas... sabe como ninguém segurar uma bola, é rápido e não é egoísta. Quando melhorarmos as movimentações, as tabelinhas e as triangulações no ataque, Rafa fará, com toda a certeza, a diferença. É bom de bola, o miúdo.

- Leonardo: de todos os reforços, parece-me o pior. Tem receio de entrar no jogo, de participar incisivamente, de se mostrar. Porventura com mais espaço e sem estar amarrado tacticamente, possamos ver mais este brasileiro.

- Brito: óptimo jogador! Rápido, maturo com a bola e sem medo de partir para um para-um. A boa forma de Pedro Pereira e Luís Carlos impedem-no de ser titular, contudo é uma excelente opção para lançar no jogo.

O próximo jogo é frente ao V. Setúbal, uma das piores equipas da Liga. Se o sector defensivo permanecer concentrado, não será tarefa exigente bater os sadinos. É imprescindível optar pelo jogo curto, com os sectores mais juntos. Desta forma, a obtenção do golo virá naturalmente.

domingo, 10 de junho de 2012

Nova época


Numa altura em que as atenções estão viradas para o Euro 2012, o nosso Gil prepara já a nova temporada. Paulo Alves renovou, felizmente, o contrato mesmo quando o seu nome foi falado para substituir Leonardo Jardim no Sp. Braga. O ex-internacional português é um excelente treinador, não há dúvidas, e é o melhor homem para conduzir o Gil a mais uma boa temporada.

Quanto às saídas e entradas no plantel, os adeptos gilistas não têm razões para estar felizes. Três dos mais importantes jogadores da última temporada, Caiçara, Richard e Vieira, abandonaram o clube atrás de melhores contratos. Para já ainda não há substitutos conhecidos. No entanto, Brito (os rumores apontam para que seja bom jogador), Manoel (confirmado?) e Pedro Pereira perfilam-se como aquisições certas. Conhecem bem o futebol português e estão em pulgas para mostrar o seu futebol na maior liga em Portugal.

De resto, as saídas de Sandro, João Pedro e dos dois guarda-redes suplentes não surpreendem e só lhes desejo um resto de boa carreira. 

O balanço não é positivo mas ainda há muito tempo para contratações. E não nos esqueçamos que no ano passado, por esta altura, as previsões de uma boa época eram escassas e acabamos por construir um excelente equipa com parcos recursos.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Actualização | Notas

Em primeiro lugar, peço desde já desculpa pela ausência prolongada. Não escrevi sobre os recentes feitos do clube de forma detalhada e penitencio-me por isso. Vou tentar fazê-lo agora, de forma simples e resumida.

- TAÇA DA LIGA: Pela primeira vez na história, o Gil jogou uma final em competições oficiais. Mais do que o factor desportivo, foi bonito ver os barcelenses, genuínos, apoiar o Gil como nunca. Tive o prazer de ter estado em Coimbra e assisti os nossos milhares de adeptos, em condições adversas, a apoiar incansavelmente a equipa. O nosso Gil não trouxe a Taça mas pelo sacrifício e pela coragem foi o verdadeiro vencedor. Espero que esta final seja a primeira de muitas!

- PERMANÊNCIA: Foram várias as semanas em que o Gil arrastou a confirmação da permanência no principal escalão do futebol português. Frente ao Rio Ave, ao V. Setúbal ou Paços de Ferreira, em nossa casa, a vitória , em condições normais, seria facilmente conquistada. Alguma displicência e falta de sorte levou a que a manutenção fosse alcançada apenas à 28º jornada. 
O Gil, com um dos orçamentos mais baixos da Liga, foi das poucas equipas do campeonato nacional que jogou bom futebol. O 9º lugar, com 34 pontos, ajusta-se ao desempenho dos pupilos de Paulo Alves na Liga mas no fim fica a amarga sensação de que podíamos ter chegado mais longe, inclusivamente aos lugares europeus. Faço mea culpa por não ter acreditado nestes jogadores. A verdade é que, dentro de campo, provaram a vozes como a minha que com esforço, dedicação e competência táctica tudo se consegue (mais tarde falarei mais detalhadamente sobre isto).

- PARCERIA COM MAN CITY: Não conheço por dentro esta parceria anunciada há dias. Contudo, o comunicado publicado no site oficial do clube deu para entender que as bases deste protocolo beneficiam o Gil sobretudo nos sectores de marketing e comunicação externa. Do ponto de vista desportivo, a parceria causa-me sérias dúvidas. Não me parece que o recém-campeão inglês ceda os seus jovens promissores para uma liga, ou até para um clube, que lhe são desconhecidos. Posso estar enganado. A ver vamos.

terça-feira, 20 de março de 2012

O tomba-gigantes!


Depois de Benfica e Porto, foi a vez do Sporting ter caído aos pés do nosso grande Gil. Mais uma vez, os jogadores excederam-se na entrega e demonstraram um grande espírito de união. A vitória surge numa fase importante, após quatro inexplicáveis jogos sem vencer.

Não atravessava um bom momento o nosso Gil. Depois da euforia desmedida com as vitórias consecutivas a Porto, Sporting (para a Taça da Liga) e Académica, a equipa entrou num autêntico fosso e seguiram-se maus jogos e, pior, perda de pontos que colocaram o Gil numa posição delicada, a apenas 5 pontos da zona perigosa da descida de divisão. Felizmente, contra equipas de maior dimensão os nossos jogadores duplicam o esforço. É normal. São jovens, querem mostrar-se e sabem que não é a jogar frente a Paços de Ferreiras ou Beiras-Mares que o conseguem. O tempo do amor à camisola, caros amigos, já passou há muito. E este jogo diante um grande provou uma equipa trabalhadora, humilde e disposta a vencer a todo o custo.

A estratégia de Paulo Alves, como aliás tem sido regra quando se trata de jogar contra equipas que querem vir a Barcelos vencer, foi exímia. Preenchimento do meio-campo com vários jogadores, tentado anular o talento de Matias, Schars e Izmailov. Depois, o mesmo do costume. Saídas rápidas para o ataque com Vieira, Galo e Guilherme, apoiados por André Cunha e César Peixoto, capazes, com a sua boa qualidade de passe, de colocar a bola em óptimas situações para os atacantes desequilibrarem. O excelente golo de Galo e a displicência dos defensores do Sporting, que conseguiram em 2 minutos dar duas grandes penalidades ao adversário, fizeram o resto.

Vamos aos destaques!:

MAIS:
+ Rodrigo Galo: Tecnicamente soberbo. A jogada individual com que deu o primeiro golo ao Gil embalou a equipa para uma importante vitória.

+ Cláudio: Não me canso de o elogiar. Anulou por completo as investidas de Wolfswinkel e foi o autêntico comandante da defesa quando, no final da primeira parte, o golo do Sporting estava iminente. Revelou igualmente sangue-frio na altura da conversão da segunda grande penalidade, segundos após ter falhado a primeira.

+ César Peixoto e André Cunha: Exibição semelhante de ambos, se bem que Peixoto tem qualidade que Cunha não tem nem nunca teve e Cunha entrega-se ao jogo de uma forma que Peixoto não se entrega nem nunca se entregou. Foram importantes na fase mais importante do jogo, a de segurar o meio-campo.

+ Hugo Vieira: A tarefa de Vieira nestes jogos não é fácil. Corre quilómetros atrás dos defesas sem tocar uma única vez na bola. Neste então foi gritante. O rapaz foi esforçado e, quando teve a bola, apenas por uma ou duas vezes tentou lances individuais infrutíferos.

Menos:

- Guilherme: No início da temporada dava-me a sensação que tínhamos entre mãos (ou entre pés) um diamante em bruto. Meses volvidos, Guilherme continua igual. Não evoluiu. Perde-se por infinitas vezes em lances individuais que não ajudam em nada o jogo coletivo da equipa. É, como se diz na gíria futebolística, um 'brinca na areia'.


Passada esta vitória, o Gil tem de concentrar as forças para aquele que considero o seu jogo da época. É a chance única de alcançarmos a final de uma competição que tem evoluído bastante nas últimas épocas. Não nos esqueçamos, também, das receitas que esta competição tem gerado para nós.

Depois, não nos podemos desleixar para o campeonato. Os agora 8 pontos de vantagem sobre o 14º classificado dão-nos alguma segurança contudo ainda temos jogos onde a derrota é mais do que provável. Acima de tudo, perceber que ainda faltam vários duelos para o final da temporada e que nada está garantido.

quarta-feira, 7 de março de 2012

3 pontos a recuperar...

Antes de tudo, referir que não vi o jogo. Mas a derrota caseira diante o Paços não podia acontecer. Tal como no encontro com o Nacional, o Gil talvez entrasse com excesso de confiança e senhor de si. Em casa, de resto, é notório que temos grandes dificuldades em bater equipas do 'nosso' campeonato. As vitórias frente a Leiria e Académica são as únicas excepções à regra. O Gil tem muita qualidade quando não tem obrigação de vencer... mas nem todos os jogos são fora ou contra equipas grandes.

Esta derrota não abala a excelente campanha da equipa, contudo, para fechar de vez as contas da manutenção, é essencial vencer um jogo fora de portas... se possível já no próximo domingo, frente a um Beira-Mar desmoralizado.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Olhanense 0-0 GIL VICENTE

Não acompanhei o jogo, nem sequer via relato, mas creio ser um bom ponto. Fora de portas temos sido muito regulares, temos somente quatro derrotas e isso é capital para quem luta pela permanência. Venha o Paços!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Júnior Caiçara e Richard


Caiçara e Richard. Ambos estão a realizar uma excelente época. Um é porventura dos melhores defesas esquerdos da Liga Portuguesa. Rápido, agressivo e apurado tecnicamente. Tinha notórios problemas a defender mas melhorou substancialmente esta temporada e transmite segurança ao sector defensivo da equipa. O outro é possivelmente o jogador mais objectivo e tecnicista da equipa. Joga a poucos toques, é simples no processo ofensivo e revela grande qualidade a recepcionar e entregar a bola.

São por esta altura indiscutíveis no esquema de Paulo Alves mas, infelizmente, têm apenas um ano de contrato, tal como Cláudio. A boa temporada do Gil, conseguida muito pelo sublime desempenho destes três jogadores, suscitará manifestamente o interesse de outros clubes nos atletas. E o problema prende-se aqui. Terminando o contrato deste trio brasileiro no final da presente época, é deveras provável perdemo-los a custo zero...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sem hipótese

O estado de graça do nosso grande Gil terminou ontem, após derrota pesada ante o vizinho Braga. A estratégia inicial gilista foi a mesma que levou à conquista das últimas três vitórias mas ontem, perante uma grande equipa, a derrota foi mais do que justa.

O jogo adivinhava-se complicado logo pela inesperada lesão de Pedro Moreira no aquecimento. Era um jogador em excelente forma, muito rigoroso tacticamente e com qualidade no processo ofensivo. A entrada de Mauro, um jovem sem muita qualidade e bastante menos rotinado a jogar ao lado de Luís Manuel, dificultou a tarefa gilista a tapar os caminhos bracarenses.

No entanto, o segredo do jogo esteve na forma como o Braga respeitou o Gil. Foi uma equipa equilibrada, sempre com quatro/cinco jogadores na retaguarda prevenindo as transições rápidas do Gil. Na busca pelo golo, os bracarenses foram pacientes, trocaram a bola em terrenos mais recuados e deixaram o talento de Hugo Viana, Hélder Barbosa, Alan e Lima fazer o resto. Não obstante, o Gil ainda incomodou os arcebispos. Rodrigo Galo, Vieira e Caiçara (numa soberba jogada individual) assustaram Quim mas a sorte dos anteriores jogos não acompanhou o grande Gil ontem à noite.

Na segunda parte, e já com as infelizes saídas por lesão de Adriano e Luís Manuel, que limitaram Paulo Alves nas substituições, o Braga elevou ainda mais o seu jogo e, aproveitando o débil guarda-redes Murta, rapidamente ampliou a vantagem. Piorando a situação, o nosso melhor jogador Cláudio seria expulso, expondo em excesso a defesa gilista. A partir daí foi ver o Braga jogar a seu bel-prazer, a esmiuçar o talento dos seus melhores jogadores. O Gil, perdido no jogo, batalhou como pôde mas nem assim logrou a redução no resultado...

Vamos ao Mais e Menos!:

MAIS:

+ Richard: o melhor jogador gilista da noite. Ora com o pé esquerdo ora com o direito, o jovem médio foi o que causou mais mossa à defesa bracarense. Tecnicamente perfeito.

+ Junior Caiçara: o defesa esquerdo teve a árdua tarefa de cobrir o experiente e talentoso Alan. Deu-se bem. Não foi, contudo, a defender que Caiçara deu nas vistas. A facilidade com que desequilibrou o lado esquerdo da retaguarda braguista foi espantosa. A jogada individual que realizou a fechar a primeira parte foi sublime, ainda que tivesse colegas ao lado em melhor posição para finalizar...

+ Hugo Viana e Lima: quiçá dois dos melhores jogadores que já vi pisar o relvado do cidade de Barcelos. Um, colocava a bola onde bem lhe apetecia. Olhar e pronto, bola no sítio. O outro movimentava-se sempre com inteligência e guardava a bola como que um adulto a jogar com crianças. E golos. O terceiro então, é de uma perfeição ao alcance apenas dos melhores.

Menos:

- Murta: não é seguramente fácil entrar com a equipa a perder e herdar a qualidade de Adriano. Contudo, podia e devia ter feito mais no segundo golo, aquele que fechou por completo quaisquer hipóteses de discussão de resultado pela parte do Gil.

- Zé Luís: garantidamente, o pior jogo com a camisola do Gil. Mau, mau, mau. Apático nas disputas de bola e perfeitamente desligado nas movimentações que se exigem a um ponta-de-lança.

O Gil perdeu mas não creio que esta derrota vá afectar a equipa. A equipa continuará rigorosa e unida tacticamente e atrevida no ataque. O regresso de Luís Carlos e a melhoria em termos físicos de César Peixoto, que lhe permitirão a titularidade, darão ao Gil uma qualidade de jogo ofensivo ainda melhor e, em Olhão, a vitória é totalmente possível.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

"Cláudio, o central goleador"

Via Mais Futebol

«
Cláudio vive uma segunda juventude aos 34 anos. Figura surpreendente da Liga, o central do Gil Vicente vai deixando a sua marca semana após semana, num percurso fulgurante que se confunde com o da equipa. Já soma sete golos no campeonato, tantos como Hulk ou Van Wolfswinkel. Nenhum defesa marca tanto como ele.

E, também por isso, o Gil vai subindo e surpreendendo. «As pessoas têm vindo ter comigo e perguntam: o que se passa? Agora ganham a toda a gente?» conta. O próprio brasileiro confessa não ter explicação para o sucesso repentino.

«Acho que não há um segredo. O grupo dá-se todo muito bem e isso faz a diferença. Não temos problemas, mesmo quem não joga não arranja confusão. Somos muito unidos, as oportunidades vão chegar para todos. E esse entendimento dá frutos em campo», explica.

O Maisfutebol quis conhecer melhor esta revelação do nosso campeonato. Uma revelação tardia mas bem a tempo da ribalta. «Se pudesse escolher tinha chegado mais cedo à Liga. Mas gosto de pensar que estou no momento certo, o que passou, passou¿ Joguei muitos anos em escalões secundários e isso também pode ajudar a abrir a mentalidade de alguns treinadores que pensam que porque se joga noutras divisões não se tem qualidade», afirma.

De facto, Cláudio chegou a Portugal há doze anos para jogar no Ovarense e só esta época deu os primeiros pontapés nos relvados da Liga. Em grande estilo. Até já bateu o recorde de golos que tinha dos tempos do Vizela: «Marquei seis lá. Já levo sete e, claro, com outra visibilidade.»

Golos ao Porto «marcados para sempre»

Os últimos três jogos catapultaram o Gil Vicente. Vitórias sobre F.C. Porto, Sporting e Académica deixaram o clube de Barcelos nas bocas de todos. Cláudio só não aceita que se relativize o mérito do grupo.

«Ganhámos ao Porto, disseram que o Porto esteve mal. Ganhámos ao Sporting, mas eles é que estiveram mal. Agora até o treinador da Académica diz que foi o pior jogo que eles fizeram. Então e nós? Muita gente não reconhece o valor desta equipa», lamenta, frisando que «não é surpresa nenhuma» o trajecto do Gil para quem conhece a equipa desde o ano passado.

A nível pessoal, Cláudio não tem dúvidas: o jogo com o F.C. Porto foi o ponto alto. «Vai ficar marcado para sempre. Marcámos três golos, eu, um defesa, fiz dois e isso é algo que é raro acontecer», lembra.

Um goleador que quer deixar os golos para os avançados

A fama de goleador já extravasou há muito os limites de Barcelos. Cláudio conta um episódio curioso do jogo da Taça da Liga em Alvalade: «O Wolfswinkel veio ter comigo e disse-me, meio em português, Aí matador. Eu ri-me e disse que não era matador nenhum, mas no final, como marquei o golo, fui ter com ele, ofereci-lhe a camisola e disse: Agora sim sou matador. E ele deu-me a camisola dele.»

Cláudio aceita de bom grado o epíteto de matador, mas não esquece a natureza. É para evitar os golos que entra em campo. «Um golo decisivo, que dê três pontos é muito bom, mas se calhar prefiro fazer os meus cortes lá atrás e deixar os golos para os avançados», admite, entre risos.
E aos 34 anos fará sentido falar em acabar? «Não penso nisso. Sinto-me bem durante os jogos, termino sempre bem. Enquanto me sentir assim, com forças, vou continuar a jogar», prometeu. »

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Interessantíssima...

...ESTA reportagem da RR. Muito bem realizadas e editadas, as filmagens comprovam que o balneário gilista é muito saudável e o espírito de união junto da concentração táctica são os verdadeiros trunfos da excelente campanha do equipa.

O bom momento prossegue...!

O Gil venceu a Académica por 0-2, numa vitória extraordinariamente importante para a manutenção. Mais uma vez, a equipa esteve brilhante ao asfixiar o adversário, demonstrando uma concentração acima de qualquer expectativa. Paulo Alves estudou muito bem os coimbrenses e percebeu onde poderia vencer. O resultado não poderia ser melhor: a Académica não conseguiu incomodar-nos durante maioria do tempo e o Gil aproveitou sublimemente os espaços que os 'estudantes' concederam.

Esta vitória veio comprovar que o Gil está no melhor momento da temporada. Após vitórias e, mais do que isso, exibições improváveis diante FC Porto e Sporting, os craques gilistas mantiveram os pés no chão e perceberam que os verdadeiros pontos são ganhos frente a equipas do seu campeonato. O 7º lugar ajusta-se na perfeição à boa forma da equipa e prosseguindo com este nível até o Braga se deve assustar...

Vamos aos destaques!:

MAIS:

+ Rodrigo Galo: nem tanto pela exibição de ontem mas sim pela excelente forma que atravessa. É impossível dissociar a chegada de Galo com o facto de o Gil, neste momento, jogar mais e melhor futebol. A sua contratação foi, quanto a mim, a mais importante do mercado de Janeiro.

+ Cláudio: uma mais vez mais, fulcral na vitória. Marcou mais um golo e aumentou a confiança da equipa. O processo da sua renovação já deveria estar em curso...

+ João Pedro: não tem a irreverência de Caiçara a atacar mas é rigoroso a defender. Surpreendente exibição de um jogador a quem nunca reconheci qualidade.

+ Hugo Vieira: com espaço e metros para correr, Vieira, em dias inspirados, marca golos. E o de ontem foi excelente...

+ César Peixoto: em 10 minutos entendeu-se logo que Peixoto será um elemento-chave neste Gil Vicente. Para a dimensão gilista, o ex-Benfica é um jogador de enorme classe que compreende quando e para onde soltar a bola. Aquele pé esquerdo dará muitas alegrias aos barcelenses!

Menos:

- Paulão: entrou e quase ia cometendo uma grande penalidade. Ainda esteve associado a um dos momentos mais perigosos da Académica nos instantes finais do jogo...

- Luís Manuel: fartou-se de bater em tudo o que mexia, além da total falta de talento para transportar a bola. Com Cesár Peixoto e Luís Carlos disponíveis a tempo inteiro, Luís Manuel e Vieira serão os jogadores a prescindir.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A (não) utilidade de Hugo Vieira


A juventude, a irreverência e alguns momentos de inspiração valeram a Hugo Vieira o epíteto de um dos nomes a seguir em Portugal. Com três golos marcados no presente campeonato, Vieira já viu o seu nome associado a clubes como o Sp. Braga ou o Panathinaikos, o que fez o seu valor inflacionar ainda mais.

O futebol do avançado barcelense, porém, está longe de ser completo. Além de demonstrar uma sobranceria desmesurada no seu discurso, repetindo persistentemente ser o melhor jogador da equipa e afirmando ter propostas do estrangeiro quando elas, ao que parece, nem sequer existem, Vieira é pouco útil numa equipa que se queira vencedora, inteligente e a jogar bom futebol. Ainda que possua técnica, o ex-Santa Maria, já a caminho dos 24 anos, é incapaz de levantar a cabeça e dar primazia à boa circulação de bola. Infelizmente, o futebol de Vieira é improdutivo quando não usufrui de alguns metros de espaço onde, aqui e ali, é certo, já tenha cavado uma grande penalidade ou marcado um golo.

Com a chegada de Zé Luís, mais jovem que Vieira em idade mas bem mais adulto em futebol, o Gil poderá finalmente encarar os jogos contra as equipas chamadas 'fechadas' de outra forma e ter, naturalmente, mais chances de vencer. O lugar de Vieira, por muito irreverente que possa ser, é por isso o banco de suplentes e a menos que desenvolva subitamente a sua forma de jogar e cultive alguma humildade, é por aí que deve permanecer...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Enormes!!!


Mais vale tarde do que nunca e julgo ainda ir a tempo de parabenizar os nossos rapazes pelo brilhante jogo e, acima de tudo, resultado conquistado diante do Sporting, em Alvalade. Não pude ver o jogo todo mas do que vi fiquei maravilhado. A equipa esteve novamente brilhante a cobrir espaços e altamente concentrada além, claro está, do atrevimento no ataque, que permitiu ao Gil criar muitos calafrios ao Sporting.

Destaco Júnior Caiçara (foi-lhe admoestado o cartão vermelho infantilmente pela parte do árbitro, pois restavam segundos para o final do encontro), Richard, Cláudio e... Hugo Vieira, que tomou opções más em alguns lances mas foi decisivo na vitória. Ressalvar ainda os poucos minutos de Zé Luís, muito bem aproveitados pelo mesmo.

Estamos na meia-final com todo o mérito e o Braga, embora seja uma excelente equipa, não é impossível de bater e com o nível empregue pelo Gil nos dois últimos jogos a final potencialmente real. Vamos acreditar que é possível! E mais uma vez: parabéns rapazes!!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Zé Luís e César Peixoto: dois excelentes reforços!



Pois é. No último dia de mercado, os sócios do Gil Vicente FC foram presenteados com duas aquisições de grande valor.

Zé Luís: O regresso a casa de um dos jogadores fundamentais da caminhada gilista rumo à primeira liga. Necessitávamos, de forma premente, de um avançado e Zé Luís é reconhecidamente um bom jogador e vem acrescentar qualidade à equipa. Creio ter lugar a titular, ocupando o lugar de Vieira.


César Peixoto: Uma surpresa, não apenas para os simpatizantes gilistas mas também para a comunidade futebolística nacional. Peixoto estava livre, era um jogador que potencialmente interessaria a um Vitória ou a um Marítimo ou até a um clube estrangeiro, e vem parar a Barcelos, imagine-se! Dotado de um excelente sentido táctico e de uma grande qualidade técnica Peixoto é uma óptima aquisição. Foi campeão recentemente, trabalhou com um dos melhores treinadores portugueses dos últimos tempos e só os seus possíveis tiques de vedetismo poderão arruinar a passagem por Barcelos.

Com estas duas novas aquisições de grande valor, creio ser este o onze-tipo do Gil na máxima força:

GR: Adriano
DD: Rodrigo Galo
DC: Cláudio
DC: Halisson
DE: Caiçara
MD: Pedro Moreira
MC: André Cunha
MC: Richard
MC: César Peixoto
AV: Luís Carlos
AV: Zé Luís

É notório que o plantel ficou mais rico e com mais e melhores opções no banco. Há que atribuir os parabéns ao presidente António Fiúza e a toda a sua direcção pelos esforços em garantir essas opções.

Magnífico!



Se a exibição no estádio da Luz foi de gala, a vitória ante o FC Porto foi perfeita, soberba, excepcional. Numa fase em que o Gil não vencia há já algum tempo, três pontos conquistados diante o campeão nacional vêm mesmo a calhar.

Paulo Alves esteve sublime na estratégia para o jogo. Tapou os caminhos ao FC Porto sem colocar o 'autocarro à frente da baliza' e deixou os seus jogadores mais criativos fazerem o resto. A capacidade táctica e mental que a equipa demonstrou ao longo de todo o jogo foi impressionante e a vitória foi mais do que justa. As críticas à arbitragem no final do jogo pela parte de Vítor Pereira não fizeram muito sentido, até porque analisando friamente não creio haver qualquer grande penalidade a marcar a favor do FC Porto e o segundo golo gilista é perfeitamente legal se se observar que a linha de fora-do-jogo colocada pela Sport TV não foi, de todo, imparcial.


Vamos aos destaques:

+ Solidez táctica e união: Tal como na Luz, o Gil provou frente ao FC Porto que tem um dos conjuntos mais unidos do campeonato e, porventura, um dos balneários mais saudáveis. Todos os jogadores estiveram inexcedíveis na entrega ao jogo e cumpriram à risca aquilo que o treinador pretendia.

+ Cláudio: Marcou dois golos (já leva seis no campeonato) e provou, uma vez mais, o porquê de ser, quase que unanimemente, o melhor jogador do Gil. Exímio tacticamente e concentrado nas situações de maior aflição, não foi apenas pelos golos que se fez valer...

+ Pedro Moreira: Perfeito. Porventura o melhor jogo de toda a sua carreira. Recuperou quando tinha de recuperar, ocupou os espaços que tinha de ocupar e ainda construiu. Mais uma vez: perfeito.

+ André Cunha: Eu que até nem lhe reconheço muita qualidade técnica admito que André Cunha, no passado domingo, foi o jogador que mais classe (sim, classe!) espalhou no relvado do Cidade de Barcelos. A forma como, aos 33 anos, passou por Rolando é digna de um verdadeiro senhor. Que lhe tenha motivado e que prossiga o bom momento!


Não há notas para o 'Menos'. Escusado será dizer porquê...

sábado, 28 de janeiro de 2012

Entrevista ao Porta19

O Porta 19 (www.porta19.com) , blog associado ao FC Porto, decidiu abordar-me para uma entrevista e aceitei. Foram sete perguntas às quais respondi com o máximo prazer e creio ter corrido da melhor forma. Como o autor do Porta19 Jorge afirma: «dá gosto parar para conversar sobre futebol sem as clivagens que se criam naturalmente entre adeptos de clubes adversários»...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Exibição de gala


As palavras de Jorge Jesus no final do jogo, afirmando que o Benfica teve dificuldades não por demérito próprio mas por mérito do adversário, descrevem da melhor forma a exibição de gala produzida no estádio da Luz pelo nosso grande Gil.

A equipa entrou determinada, a ocupar muito bem os espaços e o empate ao intervalo era um resultado mais do que justo. Com uma pontinha de sorte e talvez o Gil pudesse trazer para Barcelos mais qualquer coisa. Porém, é igualmente óbvio que o Benfica é muito forte, dá-se ao luxo de ter craques como Aimar no banco, e quando assim é as dificuldades aumentam exponencialmente.

Palavra também para o discurso, diria, escusado tanto de Paulo Alves como do nosso presidente no final do jogo. Creio que quando Jorge Jesus elogia o Gil, numa atitude clara e transparente sobre o que se passou em campo, é perfeitamente inútil basear a derrota gilista em erros de arbitragem. Preferia antes que enaltecessem o trabalho da equipa, que foi brilhante, e realçar que, apesar da derrota, o Gil deixou Lisboa com a moral em alta.

Destaques:

MAIS:

+ Estratégia de Paulo Alves: pela primeira vez esta temporada, o Gil esteve exímio do ponto de vista tático. A equipa funcionou como um todo, os jogadores entenderam na perfeição aquilo que o treinador queria e protagonizou uma das melhores, senão a melhor, exibições da temporada. Parabéns para o Paulo, que demonstrou ontem, mais uma vez, ser um técnico ciente de todas fases do jogo e perfeitamente preparado para levar o Gil a uma boa classificação no final da época. Lamenta-se, como já referido, o seu discurso baseado na arbitragem no término do encontro.

+ Rodrigo Galo: que grande exibição. Creio que Galo tinha a perfeita noção de que este jogo seria importantíssimo para a sua imagem diante o público do futebol português e deu o máximo. Jogou, marcou e esperemos que prossiga.

MENOS:

- Suplentes: é certo que os dois golos de rajada do adversário deitaram por terra qualquer hipótese de pontuar na Luz, mas com certeza que o Gil podia ter respondido de melhor forma se dispusesse de outros jogadores no banco. As palavras do Paulo, afirmando que a chegada de novos jogadores seria importante, realça ainda mais essa ideia.

Teremos agora o FC Porto e exige-se uma exibição, no mínimo, semelhante àquela produzida ontem. Pontuar seria óptimo, até porque estamos já a dois pontos apenas da zona de descida. Há que ter cuidado!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Primeira volta - análise


A primeira volta terminou para o nosso Gil. Acaba no 10º lugar da Liga com 16 pontos, a três da linha de descida.

Atendendo àquilo que foi o início da temporada, com a escassez de reforços de qualidade aliada ao calendário adverso, o 10º posto é motivo de orgulho. Entendeu-se desde cedo que o primeiro escalão não é assim tão diferente do segundo e prosseguir o trabalho da temporada anterior foi, claramente, uma boa aposta, embora, todos sabemos, o Gil dispõe de um dos piores (senão o pior) plantéis da Liga. A verdade é que a equipa conseguiu ser regular, colmatou com sucesso algumas lesões que foram surgindo e praticou bom futebol.

Analisando os números, o Gil termina com 3 vitórias, 7 empates e 5 derrotas. É a equipa que mais empates soma no campeonato porém é a sexta com menos derrotas. Conta igualmente com 13 golos marcados e 23 sofridos. Curioso o facto do último classificado ter mais golos marcados que o Gil.


Quanto ao trabalho de Paulo Alves, está a ser realizado com êxito. No entanto, necessita de trabalhar mais os processos ofensivos da equipa. É agoniante ver os avançados estáticos ao longo de quase todo o jogo, sendo apenas os médios a ter que descobrir espaços nas defensivas adversárias. É igualmente claro que a aquisição de um avançado é fulcral. Necessita-se de um jogador que baixe para receber e tabelar com os restantes avançados e, claro, que marque golos. Meyong, dispensado do Braga, seria uma excelente aposta. Jogador inteligentíssimo e com enorme capacidade para facturar.

Em relação aos pontos altos e baixos desta primeira volta, creio terem sido os seguintes: os pontos altos foram o empate em casa frente ao Benfica, que permitiu à equipa albergar uma enorme moral para o restante campeonato, a vitória em Paços de Ferreira e a vitória em casa frente à Académica, a primeira da época; os pontos baixos não são igualmente difíceis de identificar. A recente derrota frente ao Nacional por 3-0, naquele que era um jogo onde só a vitória interessava e saímos humilhados, a goleada sofrida em Alvalade e saída precoce da Taça de Portugal.


Quanto aos melhores e piores jogadores:

Os melhores:

+ Cláudio: creio ter sido o melhor jogador gilista desta primeira volta. O patrão da defensiva foi um jogador de classe e representou da melhor forma aquilo que é ser do Gil Vicente FC. Logrou ainda alguns golos importantíssimos.

+ Adriano: de longe, o melhor reforço da época. Um achado no União da Madeira, capaz de salvar vários empates e vitórias do nosso Gil. Sem ele em Paços de Ferreira ou, em casa, frente ao Marítimo e teríamos, por certo, menos 5 pontos nesta altura.

+ Luís Carlos: embora ultimamente não esteja a jogar bem, o pequeno atómico foi aquele que mais dores de cabeça deu às defesas contrárias. Inteiramente adaptado ao estilo do futebol português, Luís Carlos é uma mais-valia neste plantel.

+ Richard: o jogador mais criativo deste Gil, sempre capaz de respeitar tabelas e jogar a dois/três toques. Peca pela irregularidade...

Os piores:

- Éder: a léguas de distância, o pior jogador do plantel gilista. Demasiado mau para ser verdade. Ainda disfarçou a sua falta de qualidade nas duas primeiras jornadas mas chegou-se cedo à conclusão que Éder veio por engano. A saída dele já devia ter-se proporcionado há muito.

- Sidnei: outro reforço que veio equivocamente. O seu currículo falava por si e Sidnei não o contrariou...

- Leandrinho: mais um. Prometeu bastante mas nem as chuteiras chegou a calçar. Que seja feliz no Brasil.

- Laionel: tal como Vieira, um 'case study'. Iniciou a época a todo gás. Garantia ser um indiscutível, mostrou técnica, inteligência e golos. Mas, de repente, desapareceu, à semelhança do que aconteceu nos seus anteriores clubes. Quando se é assim, não há nada a fazer. Se estivesse no lugar de Laionel, punha seriamente a hipótese de deixar o futebol.

E pronto, é isto. Regresso em breve, caros gilistas, com a convicção de que vamos pontuar na Luz!