sábado, 20 de agosto de 2011

Crónica de um jogo falseado


Pois é, caros amigos. Na primeira jornada da Liga fomos prejudicados pela arbitragem, numa jogada irregular de Nolito que deu o primeiro golo do jogo ao Benfica. Mas ontem... mas ontem foi demais. No dragão, o escândalo tomou proporções inimagináveis. Expulsão clara perdoada a Otamendi, golo do empate do Porto marcado através de uma grande penalidade inexistente (os jogadores agora já não podem encostar?!) e, por fim, para não citar mais, Vieira puxado na área com o árbitro a mandar seguir.... Assim se fazem campeões e assim se desmoraliza uma equipa humilde, esforçada e capaz, ao longo dos 90 minutos, de ombrear com os campeões nacionais. É difícil, muito difícil pontuar nestes termos.

No jogo propriamente dito, entrámos muito bem, com uma estratégia de contra-ataque e pressão alta muito bem delineada. O Porto não estava, de todo, à espera de uma equipa tão atrevida assim e foram várias as vezes que recorreram à falta para travar os nossos jogadores. Na primeira parte, e depois de 5 minutos falseados em que o FCP consegue revirar o marcador, conseguimos duas situações de golo muito boas e, contabilizando as chances claras, conseguimos ser melhores, bem melhores que o Porto. Mérito claro para o nosso treinador Paulo Alves, que só não alcançou o ponto, ou porventura os três, por culpa de outros protagonistas que não os jogadores. Custou-me bastante ver uma equipa tão unida e capaz sair do dragão com três golos sofridos, sem que o adversário tenha feito um tusto para os obter.

De resto, quanto a nós, é fulcral contratar mais jogadores porque se o onze chega para as encomendas, o banco dá pena. Aliás, quando o nosso grande treinador operou as substituições, a equipa passou a ter um jogo mais previsível e a chama perdeu-se. Vamos agora às individualidades.

Adriano (GR): Repetiu a titularidade e, mais uma vez, deu conta do recado. Mas talvez pudesse fazer mais no segundo golo do Porto...

Éder (DD): Extremamente forte fisicamente, Éder foi uma agradável surpresa. Correspondeu enormemente defensivamente e ainda deu umas valentes cavalgadas pelo ataque, ainda que numa ou outra vez tenha exagerado.

Caiçara (DE): É muito jovem e precisa de se acostumar a estes palcos. Ontem tremeu nalguns momentos do jogo e ofensivamente não foi perigoso. Raras foram as vezes que conseguiu passar ou recepcionar a bola em condições. Embora admire o seu esforço em campo, talvez a direcção pudesse equacionar o reforço daquele sector, para oferecer concorrência real a Caiçara, já que João Pedro também não serve.

Sandro (DC): Não fez uma exibição tão vistosa quanto a do Benfica, mas mesmo assim manteve um nível muito bom. Está claramente a surpreender num escalão bem mais exigente. Parabéns, Sandro!

Cláudio (DC): Ontem, muito mais clarividente e prudente em relação ao último jogo. Protagonizou igualmente alguns desarmes impressionantes. Porventura a vinda de Halisson o tenha espicaçado.

Luís Manuel (MD): Mais do mesmo. Nunca se pode esperar um jogão dali mas sabe-se também que não erra.

André Cunha (MC): É tacticamente exímio e uma verdadeira voz de comando no campo mas não demonstra talento para a 1ª liga.

João Vilela (MC): Uns furos abaixo daquilo que produziu na primeira jornada. É, não obstante a isso, como todos sabemos, um jogador que dá poder ao meio-campo gilista.

Luís Carlos (AD): O elemento mais atrevido da equipa. Inconformado, o pequeno atómico foi, uma vez mais, um tormento para os defesas adversários. Não concordei, tal como ele, com a substituição.

Laionel (AE): Não marcou nenhum golo de bandeira, nem produziu tanto quanto no jogo frente ao SLB mas foi um elemento importante nas jogadas ofensivas da equipa. Este, quanto a mim, não engana. É a melhor aquisição do plantel 2011/2012.

Hugo Viera (AC): Poderão chamar-me implicativo mas a verdade é que ontem, no lance do primeiro golo, Vieira tinha obrigação de soltar a bola para um colega à sua direita e mesmo assim prosseguiu com a jogada. Felizmente, correu bem. Fora o lance em que cava o penalty (e outro não assinalado, já no fim do jogo), Vieira esforçou-se, correu km's, mas foi infrutífero na produção atacante. Mas pelo menos neste encontro revelou menos narcisismo...

Richard (MC): Sempre atrevido, com bola no pé, Richard tentou espicaçar o jogo do Gil, sem sucesso. Tacticamente precisa de evolução.

Pedro Moreira (MC): Lembra um pouco o Vilela na forma de jogar, mas quanto a mim com mais técnica. Porém, está ainda muito verde para a primeira divisão. Continua a ser, apesar disso, uma boa opção para o banco.

Tó (AV): Dá dó ver Paulo Alves ser obrigado a colocar este tipo de jovens sem qualquer tipo de experiência em campo. O homem deve estar a desesperar!!!




imagem: Lusa.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Gilinho se continuar com boas exibições fará um campeonato tranquilo que é aquilo que todos esperamos!